O Colégio Nacional de Defensores Públicos-Gerais (Condege), o Conselho Nacional dos Corregedores Gerais (CNCG) e a Defensoria Pública da União (DPU) lançaram os resultados da Pesquisa Nacional da Defensoria Pública 2021 nesta sexta-feira (21), às 10h. A transmissão aconteceu ao vivo no Canal Oficial do Condege e contou com a participação da presidente do Condege, Maria de Nápolis; do presidente do CNCG, Marcus Edson; e do defensor público-geral federal (DPU), Daniel de Macedo.
Com os resultados da Pesquisa foi possível mapear quais são as necessidades mais relevantes e unificar o trabalho das Defensorias Públicas. A iniciativa é parte do projeto Acesso Global à Justiça (Global Access to Justice) e, no último ano, mapeou a situação atual das Defensorias Públicas em todo o país. De maneira conjunta e colaborativa, envolvendo mais de 5.000 participantes, entre defensores e defensoras públicas, servidoras e servidores públicos, o estudo levantou as principais demandas das instituições.
Na videoconferência, Maria de Nápolis comemorou a conquista para que o acesso à justiça seja melhor viabilizado:
Esse produto elaborado é muito grandioso, aprofunda nosso senso de unidade e será muito útil para todas as Defensorias do país. Para que todas as instituições possam trilhar caminhos mais seguros rumo ao crescimento, em benefício às pessoas mais vulneráveis do Brasil.
O trabalho efetivo das Defensorias foi tema de destaque na pesquisa. Segundo o banco de dados, 71,4% das unidades federativas contam com assessoria parlamentar própria, enquanto apenas 28,6% indicaram a inexistência desta modalidade de apoio institucional. Tais assessorias são essenciais para que a Defensoria Pública participe ativamente na defesa legislativa de pautas associadas aos direitos humanos e à defesa de grupos vulneráveis.
Na ocasião, Marcus Edson retomou um breve panorama histórico do órgão e evidenciou como esta pode ser a maior base de dados para que as Defensorias aperfeiçoem sua atuação:
É importante ressaltar o quanto essa pesquisa vai colaborar com a Defensoria Pública Brasileira em todos os aspectos, administrativamente com políticas públicas e institucionais, e também para a busca de melhorias no órgão.
Por outro lado, mesmo com o esforço institucional do órgão em todo país, a pesquisa apontou que 62,4% dos(as) Defensores(as) Públicos(as) consideram que as atividades institucionais direcionadas a proporcionar educação em direitos ainda são pouco ou nada adequadas.
Com isso, a pesquisa irá proporcionar base empírica para orientar o planejamento de ações estratégicas a serem adotadas para o aprimoramento estrutural da Defensoria Pública e, consequentemente, para a melhoria dos serviços jurídico-assistenciais prestados à população, garantindo a progressiva reversão do cenário de marginalização jurídica dos membros mais pobres e vulneráveis da sociedade brasileira.
Os resultados da Pesquisa estão disponíveis AQUI.