O combate a violência em eventos esportivos ganhou um reforço nesta terça-feira (18) com a campanha “Vista de paz e vá ao estádio”. A iniciativa conta com a colaboração da Defensoria Pública do Estado em parceria com instituições do Poder Judiciário e Executivo. O lançamento aconteceu na sede do Ministério Público Estadual em uma coletiva de imprensa. A arte que ilustra a campanha foi assinada pelo chargista Rodrigo Brum (@rabiscosdobrum) e está disponível nas redes sociais da DPE/RN.
A campanha tem como objetivo somar esforços do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), do Ministério Público, da Defensoria Pública Estadual, das Polícias Civil e Militar e da Federação Norteriograndense de Futebol para que os torcedores e famílias voltem a frequentar os estádios e praças esportivas sem medo.
“A campanha é uma tentativa de entendimento com as torcidas, principalmente, para que superemos essa escalada de violência sem que para isso precisemos recorrer a medidas ostensivas”, declarou o procurador-geral de Justiça do MPRN, Eudo Leite, reforçando que o MPRN, além da campanha, montou uma comissão especial para acompanhar os inquéritos que dizem respeito aos torcedores violentos. A Polícia Civil também implementou uma comissão específica para analisar os inquéritos instaurados. “Além disso, estamos garantindo uma equipe da PC para a lavratura dos Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCO) no local dos jogos, para que não haja prejuízo ao policiamento extensivo no local das partidas”, acrescentou a delegada-geral, Ana Claudia Saraiva.
O juiz auxiliar da presidência do TJRN, Geraldo Motta, garantiu medidas como um juizado específico com escalas de plantão para os dias dos jogos. “Nossas tratativas são para elaborar medidas mais compatíveis para diminuir a violência nos estádios. Isso precisa acabar, pois sem a participação do torcedor, não tem sentido a partida.” O juizado do torcedor tem a atuação da Defensoria Pública do Estado.
“Existem regras que precisam ser cumpridas para o bom andamento do evento e o torcedor sabe delas e precisa jogar dentro delas também. Aqueles que infringem a lei devem responder ao que está previsto nela, estaremos lá para acompanhar esse trabalho e garantir os direitos necessários, inclusive àqueles que se sintam prejudicados de alguma forma”, registra o defensor público Igor Melo, coordenador do Núcleo Especializado dos Juizados Criminais Especiais.