A contribuição que o Poder Público pode dar no enfrentamento da violência e a promoção de uma cultura de paz, aspectos abordados pela Campanha da Fraternidade de 2018, foram discutidas, nesta quarta-feira (28), em audiência pública. O encontro, realizado na Assembleia Legislativa, contou com a participação da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Norte.
Coordenador arquidiocesano da Pastoral da Juventude, o padre Anderson Madson louvou a iniciativa do debate, na medida em que abre possibilidades para o diálogo, pensamento enfatizado pela representante da Secretaria Estadual de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), a delegada Erlândia Moreira.
Para o debate, a representante da Secretaria Estadual do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas), Natalie Medeiros, apresentou a ideia de que órgãos que atuam na temática da segurança se unam para fomentar os projetos de prevenção que a pasta tem pleiteado junto ao Governo Federal, o que minimizaria investimentos em políticas corretivas.
O defensor público Daniel Dutra representou a instituição e defendeu que algumas ações paliativas, como as prisões cautelares, não tem um resultado positivo para o contexto social. Para ele, elas servem para reforçar o encarceramento, permitindo que facções criminosas arregimentem presos.
“Precisamos tratar a raiz dos problemas, não só o sintoma, por isso, debater o assunto é fundamental para apontar caminhos e promover a união em torno da questão para superar esse mal. Violência não é causa, meus amigos, é consequência. Para vencer a violência, é preciso compreender os fatores que a impulsionam, como as drogas”, argumentou a deputada estadual Márcia Maia.